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domingo, 6 de fevereiro de 2011

Capitulo I - Parte 1


Doze anos depois

— Então? O que acha? — Vanessa largou os panfletos turísticos sobre a mesa do restaurante.
Sabia de antemão o que Zachary acharia da propaganda prometendo praias de areias alvíssimas, águas azuis e mais esportes náuticos do que se podia imaginar. E românticas noites tropicais, claro.
Zachary olhou através da janela do restaurante para o céu cinzento e para a neve derretida nas calçadas.
— Ouvi dizer que a temperatura em Nashville continuará abaixo de zero pelo resto da semana.
Então, um sorriso lento revelou as covinhas nos cantos da boca que tanto encantavam Vanessa, as mesmas que vinham destroçando corações desde o curso primário.
— Sol, areia e sexo. Existe coisa melhor? — Zachary se pôs a folhear os panfletos. — Alguma ocasião especial?
— Podemos dizer que sim. Você está olhando para a nova diretora de marketing da Capshaw & Griffen. E o melhor: a promoção vem junto com uma sala maior, toda envidraçada, e um excelente aumento de salário.
— Mas que bela notícia! — Ele pegou-lhe as mãos por sobre a mesa.
A genuína satisfação de Zachary aprofundou suas covinhas adoráveis. Mesmo após todos aqueles anos de amizade, o coração de Vanessa batia mais forte toda vez que ele sorria.
— Eu mal podia esperar para lhe contar. — De fato, ela precisou fazer força para não chamá-lo pelo celular, preferindo que partilhassem a boa nova em companhia um do outro.
— Bem merecido. Você é brilhante e tem se esforçado muito nesses últimos oito anos. Como Charles recebeu a notícia?
Pobre Zachary... Quantos almoços de fim de semana precisou agüentar durante as tribulações de Vanessa com seu arquiinimigo, Charles Langley? Talvez o mesmo número de vezes que ela o apoiou e confortou.
— Não muito bem. — Vanessa mordeu um pedaço de pão de queijo. — Demitiu-se esta manhã quando soube de minha promoção. Bons ventos o levem!
— Mais uma vez, muito bem merecido. Aquele homem infernizou sua vida durante dois anos inteiros. Confesso que mais de uma vez me vi desejando encontrá-lo sozinho em um beco escuro, para esmurrá-lo. — Zachary estava sempre pronto a lutar por ela.
— A vingança foi mais doce desse modo. Isso é para Charles aprender a jamais subestimar uma mulher com planos. — Vanessa colocou algumas azeitonas no pratinho do pão e passou-as a Zachary.
— Planos e uma veia competitiva como a sua. Você agora deve ser a mais nova diretora de marketing da história da empresa.
Ela sorriu.
— Mas veja quem está falando... o maior sucesso em vendas da Rooker Sports Equipamentos em pessoa!
Zachary devorou as azeitonas, aceitando o elogio. Sabia que, para Vanessa, suas realizações significavam tanto quanto as delas.
— Esse excelente aumento... de quanto foi exatamente?
— Quer saber se vou ganhar mais do que você? — Ela meneou a cabeça. — Jamais lhe direi de quanto foi, mas vamos dizer que... estou alcançando rápido o seu patamar. Mas e então? Não acha que será divertido ir à Jamaica comigo e com Elliott? Com sua namorada, claro. — Pegou uma fatia de tomate com o garfo. — Diga que sim. Gostaria muito de tê-lo conosco. Por falar nisso, quem é sua namorada atual?
— O nome dela é Kiki. É muito simpática.
— Sim. Todas elas o são.
E na verdade eram, tanto que após partirem para a próxima, elas e Zachary continuavam sendo amigos, formando, assim, um grande e feliz harém que nunca parava de espantá-la.
— Você muda de namorada como muitos homens mudam os canais de esportes na televisão.
Zachary arqueou as sobrancelhas, com malícia em seus olhos verdes.
— Saiba que existem excelentes canais de esportes, Vanessa, e se ficarmos parados muito tempo em um só, acabaremos perdendo muita coisa boa passando nos demais.
Ela suspirou. Preocupava-se muito com Zachary e seus relacionamentos.
— Pode ser... Mas sejamos sinceros, você tem uma forte tendência a sentir-se atraído por mulheres não muito brilhantes.
— Está querendo dizer que as inteligentes não querem nada comigo?
Como não? Um homem bonito, sensual e cativante como ele? Zachary era um amigo maravilhoso, engraçado, atencioso, prestativo e carinhoso... mas em todos aqueles anos não foi capaz de estender a mesma atenção a nenhuma de suas namoradas.
— Estou dizendo que mulher alguma em seu juízo perfeito se envolveria com um rapaz que troca de canal a todo instante. — Vanessa classificou o sorriso dele como maldoso.
— Talvez eu ainda não tenha encontrado um canal que me impressionasse e me prendesse.
Vanessa estremeceu, diante da sugestão sensual na resposta muito masculina, o que a colocou em estado de alerta. Não havia por que confessar-lhe que, na privacidade de seu quarto, ela pensava muito nele, mas não apenas como amigo. No entanto, canais especiais, impressionantes ou não, não cabiam dentro de uma amizade.
— Sobre o que vocês conversam quando saem juntos? — Vanessa estava curiosa.
O que o seduzia nesse tipo de mulher, além da óbvia atração física? Sexo apenas não bastava para tornar um relacionamento duradouro.
Zachary deu de ombros.
— Não penso em conversas profundas quando estou com elas. É por você que procuro quando quero discutir a paz mundial.
Algumas vezes eles falavam durante horas sobre tudo e sobre nada. Em outras ocasiões, passavam longas horas juntos em confortável silêncio.
— Estive pensando sobre isso e decidi que você é emocionalmente imaturo.
— Sou homem, meu bem, e por isso tenho pleno direito de ser emocionalmente imaturo.
Vanessa detestava quando Zachary se recusava a levá-la a sério.
— E tem se saído muito bem nisso. Vá em frente e divirta-se. Algum dia aparecerá alguém que partirá seu coração. Então, saberá o que é sofrer por amor.
— Isso jamais acontecerá.
— Como pode estar tão certo?
— Sempre se poderá mudar de canal, antes de começar a se interessar pelo jogo. — Zachary pegou o prato de salada e serviu-se. — De qualquer modo, poderei contar com você para me ajudar a recolher os cacos, srta. Certinha. Diga, tem certeza de que Kiki e eu não vamos aborrecer seu namorado?
— Absoluta. Garanto que Elliott não se importará quando eu disser que vocês irão conosco.
A viagem seria bem mais divertida com Zachary. E com... Kiki.
— Então não o informou de que pretendia nos convidar? — Zachary sorriu. — Quer dizer que você coordena toda a viagem e o avisa apenas do dia e da hora em que deverá comparecer ao aeroporto?
— Mais ou menos isso. Elliott prefere assim. Ele anda muito atarefado.
— Vocês dois discutem alguma coisa além da paz mundial? — Zachary reverteu a situação.
Sendo professor de literatura grega e romana na Universidade de Vanderbilt, Elliott era sempre tão sério e compenetrado que um leve toque de frivolidade não lhe faria mal.
— De vez em quando. Nós dois estamos precisando de alguns dias longe do trabalho.
Vanessa esperava que a viagem de férias agilizasse o relacionamento estagnado dos dois. Aquela temporada de férias na Jamaica faria bem a ambos.
Naomi, a garçonete que costumava servi-los, se aproximou, como sempre, encantada com Zachary.
— O mesmo de sempre? — ela se dirigiu e Zachary, que fez um sinal positivou com o polegar. — Ótimo. Vão dividir uma baklava?
— Não, obrigada.
— Sim. Uma baklava e dois garfos Zachary discordou de Vanessa.
Naomi tornou a sorrir, sonhadora, ao se afastar.
Zachary causava aquele efeito em mulheres de todas as idades, nas muito jovens e até nas mais velhas, encantando todas, sem exceção. Vanessa agradeceu a Deus, e não pela primeira vez, pelo fato de ser imune a ele.
— Só vou querer um pouquinho. — Ela se permitiria pelo menos uma porção daquela delícia de bolo de nozes e mel. — Mas não me deixe abusar.
— Fique tranqüila. Bem, quando é que vai começar a me contar o que anda tramando?
— Como assim?
Ele se recostou no espaldar, cruzando os braços.
— É óbvio que anda maquinando algo.
Vanessa sabia de antemão como Zachary receberia a notícia. Às vezes achava que o conhecia melhor do que a si mesma.
— Na realidade, estou, mas acho que isso não é nenhum crime.
Ela não fazia nada sem antes planejar. Já tivera surpresas suficientes para a vida inteira, aos seis anos, quando seus pais viraram seu mundo de ponta-cabeça. Desde então, passou a delinear cada passo que dava. Depois dos vinte anos, passou a se devotar por inteiro à construção da carreira, e alcançara aquela meta dentro do cronograma. Agora era vez de investir na vida pessoal.
Próximo capitulo 2 comentários:)

Prologo

Escritora: jennifer LaBrecque

Zachary efron olhou para sua amiga de tantos anos, Vanessa Hudgens. Ele tinha as feições tensas e os braços cruzados.
— Então ele a convidou para o baile. Tome cuidado, Vanessa. Bobby não é confiável. Gosta de brincar com o sentimento das garotas.
“O roto falando do esfarrapado”, Vanessa concluiu. Só que nunca ocorreu a Zachary se colocar no lugar dela. E quanto a Bobby... bem, ele não era nada daquilo; apenas apaixonou-se por ela.
— De acordo com você, eles são todos aproveitadores ou algo parecido. Mas não se preocupe. Bobby me convidou para ir ao baile, só ao baile, e não a um motel. — O rosto de Paula enrubesceu ao impulsionar o balanço para a frente, forçando Zachary a recuar. — Para sua informação, só o que ele fez foi me dar um beijo.
Vanessa devia ser a única garota em toda a escola, e talvez em todo o planeta que até então nunca fora beijada. baixa, magra e sem seios, não fazia o tipo que despertava as paixões masculinas. Zachary se autonomeara protetor de sua virtude e, sendo seu melhor amigo, jamais a beijaria. Amigos não se beijam, não é verdade?
E quando Bobby Richmond a abraçou e colou os lábios nos dela, Vanessa encontrava-se pronta. Mas precisava confessar que beijá-lo fora muito sem graça.
Observou Zachary. Mesmo sendo alto e forte, com seus cabelos loiros e olhos azuis como ceú, não era o rapaz mais bonito do colégio, ou o mais atlético, mas mostrava uma aura especial, algo que tia Caroline chamava de charme, ou carisma. E isso Zachary tinha mesmo, tanto que as garotas viviam correndo atrás dele, desde criança.
— Preciso ter uma conversinha com Bobby Richmond.
— Você será um homem morto se fizer isso — Vanessa protestou, impelindo o balanço com mais força. — Não precisa fazer tamanho alarido por causa de um beijo! Tantas meninas engravidando na escola, e eu, até agora, nem sequer tinha sido beijada.
— Vanessa...
Um pequeno susto não faria mal a ele.
— Acalme-se. Não vou ter um bebê, seu bobo. Graças a minha falta de peito e a suas “conversinhas” com os poucos que se atrevem a se aproximar de mim, suspeito que isso jamais acontecerá.
Vanessa acabava de dar a Zachary a oportunidade perfeita para fazer uso daquele seu charme infernal, o mesmo do qual lançava mão para conquistar todas aquelas garotas curvilíneas e avançadinhas, afirmando que o fato de ela não ter peitos não era o que contava. Aguardou que ele falasse, o coração em disparada.
— Você é inocente, Vanessa... não sabe nada a respeito dos homens.
Zachary enfiou as mãos nos bolsos da calça jeans e olhou para todos os lugares, exceto para a área próxima aos seios dela. Será que falar aquilo o embaraçava? Logo ele, o Rei dos Casanovas?
Seria o que criava aquela tensão desajeitada entre os dois? Não podia ser. Só se Zachary a visse como mais do que amiga.
Envergonhada, Vanessa olhou além dele, para as azaléias desabrochando no jardim perto do portão. Toulouse, um dos inúmeros gatos adotados por tia Caroline, passou pela varanda.
Aos poucos, o pulso de Vanessa se normalizou. Ela se sentia insegura com tantas mudanças. A formatura do colegial, o início da universidade no outono... Zachary continuaria sendo seu amigo? Ou encontraria alguém na faculdade e a esqueceria?
— Claro que sei. Você é um deles. Por sua causa consegui penetrar nesse buraco escuro conhecido como a mente masculina. E por isso que bolei um plano.
Zachary gemeu e correu os dedos pela cabeleira.
— Não me venha com outra de suas idéias mirabolantes.
As estratégias de Vanessa nem sempre davam certo, como naquela experiência científica na quarta série. Mas Zacgary já devia ter superado aquilo. Afinal, seus cabelos ficaram cor-de-rosa tão pouco tempo... apenas dois dias.
— Sabe que não faço nada sem planejar. — Vanessa tinha os próximos dez anos de sua existência planejados, enquanto Zachary ainda tentava decidir que universidade cursar.
— Sim, eu sei, mas algumas vezes é melhor deixar o barco correr.
— As chances de acertar são maiores quando se planeja. — Fitou-o, desafiando-o a discordar.
Naquele momento, a porta da frente se abriu, e tia Caroline, uma jovem mulher muito atraente, saiu para a varanda. Suas duas gatas, Lilly e Millie, seguiram atrás dela.
— Vou ao supermercado. Quero fazer aquele bolo de chocolate que você tanto gosta para sua festa de formatura. Seu tio Frank está trabalhando no estúdio, procure não perturbá-lo.
Nos doze anos em que Vanessa morou naquela casa, aprendeu a não incomodar o tio quando ele esculpia. Tio Frank era um homem gentil, sensível e afetuoso, mas diante de um formão e de uma pedra, se interrompido em seus momentos de criação, transformava-se no Poderoso Hulk.
Lilly passou por entre as pernas de Zachary. Millie encontrou o colo de Paula e lá se instalou.
Caroline soltou a porta, deixando-a bater atrás de si.
— Quer alguma coisa da cidade, meu bem? Ficará para jantar conosco, Zachary?
— Não quero nada, obrigada. — Vanessa, distraída, afagava a cabeça da gata. — É melhor se garantir, Zachary. Parece que seu pai saiu.
Ele não se deu ao trabalho de fitar naquela direção de sua residência.
— Obrigado, aceito o convite.
Zachary não costumava rejeitar um convite como aquele, e Vanessa estava ciente de que seu amigo juntava-se a eles mais pela companhia do que pela refeição. Quase nunca sabia dizer se seu pai e sua mais recente namorada se encontravam em casa.
Caroline parou no último degrau e virou-se para a sobrinha.
— Ah! Lynette ligou esta tarde.
O coração de Vanessa se apertou, como acontecia toda vez que alguém mencionava o nome de sua mãe.
— Ela e Vance não poderão vir para sua formatura. — O tom da voz de Caroline soou como um pedido de desculpas, como sempre acontecia a cada vez que os pais de Vanessa a decepcionavam.
Doze anos atrás, seus pais viajaram com ela de carro da Flórida rumo a Nashville, na época em que eles viviam pulando de cidade em cidade. Só que deixaram a filha com tio Frank, para uma visita de alguns dias e desapareceram. Desde então, Vanessa nunca mais os vira, e perdera a conta das inúmeras vezes em que os pais prometeram vir apanhá-la sem jamais cumprir a palavra.
Seu alívio se misturou à raiva. Alívio por não ter de tornar a vê-los. Raiva por mais uma vez ver-se rejeitada por eles. Manteve a expressão neutra e a entonação firme ao responder:
— Já esperava por isso, tia. Mas agradeço por me avisar.
Caroline parou para colocar os óculos escuros, escondendo seus olhos tristes e solidários.
— Até logo, crianças. Não demoro.
Sua tia jamais esquecia de avisar, desde o dia em que precisara renunciar a seu trabalho como comissária de bordo após a pequena Vanessa, de seis anos, ter entrado em pânico quando ela precisou se ausentar por dois dias.
— É importante fazer planos. E segui-los, claro.
Zachary acomodou-se ao lado dela no balanço, movendo-o de leve. Abraçou-a com afeto, a mão a acariciá-la, naquele gesto tão familiar de conforto.
Também a confortara, doze anos atrás, quando a encontrou chorando no bosque atrás de propriedade, quando Vanessa, por fim, entendeu que os pais não viriam apanhá-la nunca mais. Do mesmo modo como Vanessa o confortou após Zachary ter confessado que sua mãe, alcoólatra, morrera seis meses antes, de tanto beber.
— É uma pena, mas não podemos escolher nossos pais, Vanessa. Porém, os amigos, sim. E eu a escolhi.
Com as lágrimas contidas embaçando sua visão, Vanessa reconheceu a dor nele. Toda vez que seu pai o decepcionava, era como se Zachary tornasse a perder a mãe.
Pousou a cabeça em seu ombro, emocionada. Namorados iam e vinham, amigos eram para sempre.

Resumo da história

Vanessa Hudgens planejava todos os passos que dava. E agora que conseguiu o emprego com que sempre sonhara, estava pronta para programar o próximo item em sua lista: casamento!
Só que seu namorado não tinha pressa alguma em pedir sua mão. Sendo assim, ela pensou em inspirá-lo programando uma romântica temporada no Caribe. Junto, claro, com seu melhor amigo, Zachary, e a namorada dele. Porém, mal chegaram à ilha e Vanessa viu-se seduzida pelo ritmo caribenho... e por Zachary! Como aquilo podia ter acontecido justamente com ela, que sempre programava tudo na vida?
E como se libertar das ondas de calor que percorriam seu corpo cada vez que Zachary lhe lançava um olhar?
Vanessa tinha certeza de que todas aquelas sensações passariam assim que a viagem terminasse, afinal Zachary sempre fora seu amigo... nada mais do que isso!

Pessoal:)

Este historia chama-se Apenas Amigos é escrito pela escritoria Jennifer LaBrecque.

A historia vai ser adaptada para zanessa:)

Espero que gostem:)